Assisti no começo deste ano e foi graças à ele que criei esta coluna. Eu iria escrever este texto como a primeira postagem do Sem Título (que ainda não tinha um nome), mas acabou ficando para trás. Enfim, estamos aqui agora e, o que eu posso dizer... não farei exatamente uma "resenha" ou algo do tipo. Farei uma reflexão. Se você não viu o filme, sinto muito se achar que dei algum spoiler, mas realmente vou precisar descrever uma ou duas cenas e citar uma frase ou outra.
"As Vantagens de Ser Invisível" é um filme excelente, comovente e engraçado, com um ritmo bom e que toca bem lá no fundo. Além disso, podemos considerá-lo um grande símbolo para este blog. Baseado em um livro (de mesmo nome e que eu ainda não li), conta a história de Charlie (que narra a história através de cartas para um amigo anônimo) e como ele conheceu Sam e Patrick e seus outros amigos. Todos deslocados e esquisitos, eles são os invisíveis.
A história mexeu muito comigo; fez-me lembrar, em vários momentos, de mim e de meus amigos, dos nossos momentos e de nossas músicas. De como estávamos seguindo com nossas vidas, como tínhamos mudado a vida uns dos outros... Charlie escreve, eu sou escritora. Todos ouvem músicas boas e que ninguém mais ouve, todos fazem coisas malucas... Qualquer adolescente (e até adultos que tenham boa memória sobre seu passado) que tem um grupo de amigos e se sente meio deslocado se identifica com a história, não há o que discutir.
Charlie está parado com um copo na mão, encostado na parede, vendo todos se divertirem. Uma música alegre e boa começa a tocar e Sam e Patrick surtam. E começam a fazer a dança maluca deles, a "rotina da sala de estar". Então Charlie aos poucos se solta e vai até eles dançar.
Simples e engraçado; e a melhor parte é que eles estão soltando a franga e nem uma única pessoa está olhando para eles. Invisíveis. E felizes.
Para mim essa cena e essa música são perfeitas. Não consigo vê-la ou ouvi-la sem pensar em coisas semelhantes que aconteceram comigo... sem pensar em como eu mesma sou a que fica de lado na festa e as vezes vou lentamente para a pista soltar a franga. Não necessariamente como eles, mas é por aí a ideia.
Ao final do filme eu estava chorando copiosamente, não por alguma coisa triste ou algo assim. Eu chorei pela mensagem e pelo tanto que aquele filme era sublime, a perfeita caracterização de uma realidade. Chorei por pensar na minha vida e meus momentos infinitos, os amores que aceitei, as músicas que toquei e as coisas que escrevi. Chorei porque era tudo verdade. A cada esquina você pode cruzar com uma pessoa que viveu uma ou outra coisa daquelas e você provavelmente nem olhou para a cara dela direito.
Um último comentário antes de concluir: as atuações são magníficas, por parte de todos, mas destaco o trio principal: Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller. Estupendos. Não tenho certeza de ter visto Ezra antes (ainda preciso assistir "Vamos Falar Sobre o Kevin"), mas obviamente conheço muito bem a Emma e o Logan... você se esquece completamente de todos os outros personagens que eles foram, eles são Charlie, Sam e Patrick. Em momento algum lembrei de Hermione ou de Percy/D'Artangnan e imagino que de Kevin também. Percebe-se claramente o tanto que eles se entregaram para o papel. Foram maravilhosos, totalmente maravilhosos.
Enfim, esse filme é mais um exemplo de que ser invisível não é ruim. Na verdade, é muito bom. Com todas as atribulações, você ainda pode fazer coreografias doidas sem ser notado. Você pode viver livremente. Recomendadíssimo à absolutamente todo mundo, mas em especial à todos que se sentem invisíveis.
Esse filme é simplesmente PERFEITO. Amo a Emma desde Harry Potter (AMO TUDO SOBRE HARRY POTTER rsrsrs).
ResponderExcluirA trilha sonora é divina, deixa o filme ainda mais comovente/divertido.
Enfim ;D
abraços,
Iago Marcell
Lindo post, Letícia.
ResponderExcluirVi o filme há pouco tempo, me emocionei muito, me identifico com o Charlie. Me vi muito nele, só que sem os amigos.. É isso, parabéns.
Leny